segunda-feira, 21 de junho de 2010
"José Régio e o seu burro" por Hermínio Felizardo
Soneto quase inédito
Surge Janeiro frio e pardacento,
Descem da serra os lobos ao povoado;
Assentam-se os fantoches em São Bento
E o Decreto da fome é publicado.
Edita-se a novela do Orçamento;
Cresce a miséria ao povo amordaçado;
Mas os biltres do novo parlamento
Usufruem seis contos de ordenado.
E enquanto à fome o povo se estiola,
Certo santo pupilo de Loyola,
Mistura de judeu e de vilão,
Também faz o pequeno "sacrifício"
De trinta contos - só! - por seu ofício
Receber, a bem dele... e da nação.
JOSÉ RÉGIO Soneto escrito em 1969, no dia de uma reunião de antigos alunos.
Tão actual em 1969, como hoje...
E depois ainda dizem que a tradição não é o que era!!!
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Olá! Eu amo a arte. Seu blog é lindo. Se tempo figado Você, Meu visite o blog de Viagem, em Grego Que Portuguese in ESTÁ e. Travelling
ResponderEliminarÉ Bom lembrar José Régio,
ResponderEliminarNão esquecendo a ditadura do SAL 13
Que a "bem da nação", manteve o povo na escuridão.
e outras coisa a acbar em ÃO, como opressão e servidão.
e por isso. um BEM HAJA à tua intenção.
Um beijinho amigo
ARFER
Olá Margarida, encontrei o teu blogue e por aqui fiquei, gostei e por isso ficarei de olho se mo permitires.
ResponderEliminarO poema de José Régio, está actualíssimo o que dizer de quem não aprende, com as lições antigas e repete os erros? Portugal está mergulhado em mais crise económica e financeira que irá arrastar o país, por mais uma década.
Tem um lindo e feliz Domingo.
Bjs com amizade.