terça-feira, 24 de maio de 2011

Meditando - Imagino




No deserto do Seara sentada no cimo de um monte húmido pela noite fria, eu vi o nascer do Sol tantas eram suas definições que fiquei na dúvida de onde me encontrava...
Pareceu-me um rio com sua água tranquila e transparente, e onde não nos é possível tocar na mesma água duas vezes, assim como o tempo porque ambos passam e não os podemos agarrar duas vezes, a água que passou não passará de novo, o tempo igualmente...
Por isso a minha mente divagava e a ânsia de ver e viver era tanta, que meus olhos absorviam tudo ao meu redor.
Vi Tuaregues lindos com o seu tom azul, vestes e rosto da cor do céu, vi berberes doces e simpáticos alegres e amantes da vida, vi camelos e dromedários, pacíficos e indolentes devido ao seu temperamento e calor, adorei o mar de areia...
E tantas visões linda que o deserto me proporcionou, a liberdade, o silêncio, a música do vento e os raios do sol rasgando o horizonte e uma vontade de viver cada dia, sorvendo hora a hora, segundo a segundo de uma vida que deverá ser vivida e sentida por cada poro que temos.
Encontrei uma Coruja perdida, e desejei que encontrasse seu parceiro, depois de muito observar reparei como que por magia que seu parceiro estava do outro lado do rio!
Calmo mas de olho bem aberto, pronto para defender aqueles olhos grandes redondos penugem branca e cinza, e que faz parte da sua vida para uma partilha e vivência o mais saudável possível. Era a vontade de viver com força e alegria que estava presente.

Margarida Simão

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